Adélia Prado


Poema começado no fim


Um corpo quer outro corpo.

Uma alma quer outra alma e seu corpo.
Este excesso de realidade me confunde.
Jonathan falando:
parece que estou num filme.
Se eu lhe dissesse você é estúpido
ele diria sou mesmo.
Se ele dissesse vamos comigo ao inferno passear
eu iria.
As casas baixas, as pessoas pobres,
e o sol da tarde,
imaginai o que era o sol da tarde
sobre a nossa fragilidade.
Vinha com Jonathan
pela rua mais torta da cidade.
O Caminho do Céu.

(Adélia Prado)

2 manifestações libertárias:

Acho que nunca li nada da Adélia, mas li o poema de trás para frente e achei simplesmente encantador.

"imaginai o que era o sol da tarde
sobre a nossa fragilidade."

É difícil caminhar com o sol da tarde a nos testar.

Beijinho.

 

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Gostei tanto que vou seguir
seu blog. Tomara que você
siga o meu.

silvioafonso







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Manifestações libertárias