O preço do meu erro
Muitas vezes é o desterro
Outras tantas, a desilusão
Imprecisa percepção
De que os sonhos se desfazem
Que os brilhos são fulgazes
Que as chuvas são menores que a estiagem
Erros costumazes
Que errar presse aqui é profissão
Os erros saem pelo ladrão
E se acumulam pelo chão
Empoçados num lago imenso
Tudo por eu ser propenso
E teimar que ainda venço
No fim da procissão
Quando isso me desanima
Solapa minha estima
E eu acordo desolado
Achando o mundo insípido
E os cotornos todos quadrados
Desejoso de um mar límpido
Um refúgio para mergulhar
Onde possa me recuperar
Para seguir com a caminhada
Expandir minhas asas sangradas
E mais uma vez cantar
Nas notas destoantes costumeiras
Sobre a profundidade do abismo
Já que sigo sempre pela beira
Me equilibrando nos interstícios
E saboreando cada vício
Que eu rio
E vejo a besteira
De cansar do desafio
Pois descançar é bobeira
Viajar é preciso
O resto é conseqüência
Por isso não tenha clemência
De me atiçar a indolência
Quando eu estiver indeciso
Precisando dançar...
Esses versos foram um comentário no outro blog, Mil Almas Inquietas.
O poeta, Jorge, salve! tem um blog repleto de poesia e música, vale a pena a visita!
http://salvesalvejorge.blogspot.com/