Noite do morro


Lá do alto do morro
as luzes das casas brilham
e iluminam
as muitas vielas que compõem o todo.
É ainda do alto do morro
que o turista, deslumbrado,
aponta e olha, todo admirado
como todos aqueles pontos de luz
cada um com seu destino, sua cruz,
mais parecem estrelas
enchendo a noite carioca de beleza.
E antes que o sol acenda,
que a luz do dia tudo esclareça
e a rotina do morro volte à vida
a paisagem noturna da favela
permanece imortalizada na fotografia
que a menina, de dentro do ônibus, admira,
como se carregasse a pintura mais linda
feita com aquarela.

Priscila Mondschein

Um poema meu para encerrar as postagens do ano.
Até 2012!
Boas Festas...

Singelezas

Nesgas

a casa cravada no alto da serra
janelas e portas abertas ao vento

paredes caiadas barulho de água
arrulhos sibilos orvalhos gorjeios

o verde arrepia-se no pasto nas galhas
há cheiro de mato café e pão quente

as gentes são simples 

(Líria Porto)




Poeminha

as meninas dos olhos
pequeninas buliçosas
saltam do ramo de rosas
para o azul das manhãs

como não temem nada
ficam dependuradas
nos raios de sol

(Líria Porto)